No último mês, a família do ator Bruce Willis, de 67 anos, revelou o diagnóstico do artista: demência frontotemporal. Com a carreira em pausa desde abril do ano passado, o protagonista de Duro de Matar havia recebido um diagnóstico inicial de afasia, um distúrbio de linguagem que afeta a capacidade de comunicação. No entanto, segundo seus familiares, a condição progrediu e a busca por respostas mais claras persistiu até a doença neurológica identificada mais recentemente.
Diferente de outros tipos, a demência frontotemporal afeta significativamente o comportamento e a personalidade de uma pessoa. Geralmente, apresenta uma evolução lenta e pode manter o funcionamento cognitivo relativamente preservado em sua fase inicial.
A demência frontotemporal (DFT) é um distúrbio que atinge os lobos frontais do cérebro, provocando alterações de personalidade, de comportamento e dificuldade para compreender e produzir fala.
Este tipo de demência é um dos principais tipos de doenças neurodegenerativas, o que significa que vai piorando com o tempo, e acontece principalmente entre os 45 e 65 anos, sendo que o seu surgimento está relacionado a modificações genéticas transmitidas de pais para filho. Não há predisposição maior para homens ou mulheres.
Diferentemente do Alzheimer, as manifestações comportamentais são as que mais chamam a atenção no quadro de demência frontotemporal. A pessoa, geralmente, apresenta sinais e sintomas que correspondem ao mau funcionamento dos glóbulos frontais. Conforme a doença avança, o paciente pode desenvolver um sintoma idêntico ao do Alzheimer: a afasia progressiva primária — um problema que compromete a linguagem falada ou escrita e deixa o paciente incapaz de se comunicar.
Os sintomas estão relacionados com a mudança – muitas vezes drástica – de comportamento e da personalidade do paciente, assim como podem refletir em problemas com a linguagem.
Sinais comportamentais
Sinais linguísticos
Sinais motores
Importante saber: Como há questão genética envolvida, se a doença tiver que se manifestar, nada irá impedir que isso aconteça.
O tratamento da demência frontotemporal é baseado no uso de medicamentos que reduzem os sintomas e melhoram a qualidade de vida da pessoa, pois este tipo de doença não tem cura e tende a evoluir com o passar do tempo.